1.21.2007
Acrónimos em Damasco
Pelo by night de hoje, em Damasco, FATAH (Harakat al-Tahrir al-Watani al-Filastini ) e HAMAS ( Harakat al-Muqawama al-Islamiyya) encontram-se "para tentar resolver a crise política palestiniana".
Atentando (helàs!) nos termos noticiosos em questão-citação-situação (simultaneamente branqueando FATAH - o 'presidente palestiniano', diz o Diário Digital de seu representante - e HAMAS enquanto acrónimos significantes) e em sua síntese comunicacional em 46 palavras, título incluído, feita, temos que, do trio avançado (Abbas-Erekat-Meshaal) à citação ela mesma (e não à supraligação noticiosa) de Saeb Erekat "o negociador" («terá lugar à noite») é um tirinho de circunstância. Pela desqualificação tipológica evidente na economia de maiúsculas (minusculizando-se presidências e acronomenclaturas indígenas frisam-se não-reconhecimentos) - porque as formas têm conteúdos - a viagem de Abbas não tem possibilidade sequer de ser enunciada. Porque é Mazen quem se desloca (e só o deslocar-se é sintomático, não?, pressupondo o beneplácito estatal israelita) a Damasco para ver Meshaal (e só o deslocar-se a Damasco para ver Meshaal é sintomático, não?, assumindo sua relevância política sob o beneplácito 'pan'sírio) numa noite de Inverno. Que adab une estas figuras? Que unidade 'governamenficcional' entre a tempestade secular da FATAH e a Shahada dita pelo HAMAS para uma Nação ocupada? E para duas, na mediação da viagem?
Traduza-se, for real:
ACRÓNIMOS maiúsculos em Damasco sobre a Síria Palestina antagónicas simétricas agências de agências na unidade-sombra ocupação-soberania
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JN (25/01/07)*:
ReplyDeleteSegundo Salih Nasser (FDLP - porque nem só de acrónimos vive o homem, lugar às siglas neste comment, aliás, nesta 'nova') anteontem à noite um pacto foi rubricado em 5 tópicos:
1 - governo unidade nacional;
2 - activação papel OLP;
3 - formação CS nacional;
4 - criação frente resistência unida;
5 - democratização sindicatos em geral.
Se nos determos, brevemente, nestes enunciados, temos letra unitária que não funciona por decreto (1 e 4) - e que pressupõe consensos inexistentes, sobretudo no que a resistências diz respeito. A não ser, claro, que al-Fatah de repente entregue ao Governo de Haniyeh (que, ao que consta por exemplo no Al-Ahram da semana passada, seguirá sendo primeiro-ministro palestiniano independentemente das recomposições ministeriais de 'unidade') os doces que os americanos concederam aos 'moderados' do presidente da AP para que estes melhor imponham o apartheid desejado. O que, claro, não faz o mínimo sentido e é o entretexto da reactivação apontada em 2. Quanto a um Conselho de Segurança nacional (3), não fosse o que ainda agora se expôs d'al-Fatah, quereria dizer efectiva congregação armada palestiniana de resistência à ocupação sionista. Que nada. Do 'estado' antes engrossarão fileiras da guarda presidencial da AP por um lado e forças governamentais especiais por outro.
E a democratização dos sindicatos em geral? Koi? Para que trabalho, para que mercado?
De Damasco a Gaza os acrónimos em questão seguem cultivando suas diferentes cosmovisões às distintas expensas de USASRAELIRAN (o eixo da trip funesta), alastrando impotências que só Real Unidade PALESTINA pode mitigar.
*link: http://jn.sapo.pt/2007/01/25/mundo/acordo_preliminar_entre_fatah_e_hama.html
Sem surpresa (com sangue vertido), suspensas as negociações coligacionais...
ReplyDeletePOST-COMMENT-UPDATE:
ReplyDeletePróxima paragem, KSA;
v., p.ex.,
28/01/07
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29/01/07
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Diplomatic slow-show must go on (as the ongoing fraticide trolling persists)
Entre a intermediação de Damasco e a intermediação de Meca, os Acrónimos não se entendem, distintíssimas e mutuamente incompatíveis vias que são e não são para a casa palestiniana. Update sim update sim a cena segue fodida.
For real, for real, como podem dois irmãos desavindos de uma casa onde não há pão cear com tranquilidade? Afastando-se da casa sua (ocupada) para sob funestos auspícios (Ya Sarian 'araBaasist', Ya Saudi Sunni abd Wahhab) se encontrarem?
T(r)ipo: de Damasco a Meca mais uns furos, mais uns 'acordos' de ficção 'estatal' decerto tributários das entidades patrocinadoras e directamente proporcionais às suas execrabilidades. Meanwhile, a resistência Palestiniana enfraquece por cada filho caído, rabia & dolor..
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