1.27.2007

Churchill Rules (Ya Florêncio?!)


A verdade é que a posição dos wahhabis é a da abolição do Califado, como Mustafa Kemal e o Ocidente. A abolição, portanto, do Zakat. A abolição dos madhabs e, em consequência, do governo e da Lei Islâmica. A abolição da Jizya e a entrega da soberania do Din. A abolição d’at-Tasawwuf, destroçando assim o ‘Adab muçulmano, a Iman e a Ihsan. Negam categoricamente, assim mesmo, a realidade da historicidade do Islão como religião mundial por quase mil e quatrocentos anos, denunciando todo o conjunto de sociedades islâmicas não árabes como corruptas e kafir. Esta realidade, por seu turno, vela aos muçulmanos o feito de que os wahhabis se encontram no coração do novo capitalismo, com suas riquezas e matérias primas vinculadas ao sistema bancário que procede torpemente até ao naufrágio, sob a realeza de uma família traidora e rebelde que traíu seu Bayat com o Sultão Islâmico para se apoderar do reino às mãos de um alcoólico Churchill, ele mesmo um refém do sionismo e da esquerda.


Insultuosa alegação acima sublinhada? Só na medida em que ser 'alcoólico' é tomado como insulto. Ya Florêncio, na desligues a ANT para ler Shaykh al-Murabit (let alone Churchill himself or whatever for the matter:



Água
(eu quero é cálcool prize):

"The water was not fit to drink. To make it palatable, we had to add whisky. By diligent effort, I learnt to like it".

Diplomacia (conveniência por condição):

"The reason for having diplomatic relations is not to confer a compliment, but to secure a convenience".



Democracia
(o menos mau 'sistema'?!):

"The best argument against democracy is a five-minute talk with the average voter".


Modernidade (ad nihil):

"The reserve of modern assertions is sometimes pushed to extremes, in which the fear of being contradicted leads the writer to strip himself of almost all sense and meaning".







Mais que a c'álcoolfilia de Sir Winston Churchill, afiram-se suas psicoactividades em soundbites de sensatez sublinhadas falências categóricas: 'diplomáticas'-'democráticas'-'modernas'.

Descontextualizado? Ya, Florêncio..



1.21.2007

Acrónimos em Damasco




Pelo by night de hoje, em Damasco, FATAH (Harakat al-Tahrir al-Watani al-Filastini ) e HAMAS ( Harakat al-Muqawama al-Islamiyya) encontram-se "para tentar resolver a crise política palestiniana".

Atentando (helàs!) nos termos noticiosos em questão-citação-situação (simultaneamente branqueando FATAH - o 'presidente palestiniano', diz o Diário Digital de seu representante - e HAMAS enquanto acrónimos significantes) e em sua síntese comunicacional em 46 palavras, título incluído, feita, temos que, do trio avançado (Abbas-Erekat-Meshaal) à citação ela mesma (e não à supraligação noticiosa) de Saeb Erekat "o negociador" («terá lugar à noite») é um tirinho de circunstância. Pela desqualificação tipológica evidente na economia de maiúsculas (minusculizando-se presidências e acronomenclaturas indígenas frisam-se não-reconhecimentos) - porque as formas têm conteúdos - a viagem de Abbas não tem possibilidade sequer de ser enunciada. Porque é Mazen quem se desloca (e só o deslocar-se é sintomático, não?, pressupondo o beneplácito estatal israelita) a Damasco para ver Meshaal (e só o deslocar-se a Damasco para ver Meshaal é sintomático, não?, assumindo sua relevância política sob o beneplácito 'pan'sírio) numa noite de Inverno. Que adab une estas figuras? Que unidade 'governamenficcional' entre a tempestade secular da FATAH e a Shahada dita pelo HAMAS para uma Nação ocupada? E para duas, na mediação da viagem?

Traduza-se, for real:

ACRÓNIMOS maiúsculos em Damasco sobre a Síria Palestina antagónicas simétricas agências de agências na unidade-sombra ocupação-soberania

1.14.2007

Espanha e a Hora Árabe

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DN (13-01-07)

Médio Oriente

Espanha propõe discussão alargada sobre a Palestina

A Espanha propõe associar os países árabes ao quarteto de negociação sobre o conflito israelo-palestiniano (ONU, UE, EUA e Rússia) para desbloquear o impasse.
"Chegou a hora de abrir a discussão ao mundo árabe", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Miguel Angel Moratinos, que defendeu a organização de uma conferência de paz, como a de Madrid, em 1991.


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Em cinco por seis centímetros, no rodapé do tecto, mais concretamente no canto superior direito da página 20 subordinada ao 'Internacional', noticia o DN o acima reproduzido insultuoso enunciado. De repente, quer-se fazer (a)aparecer, a peregrina Espanha avança a necessidade de alargar a discussão sobre a Palestina ao 'mundo árabe' e defende a realização de uma conferência de paz como a que em 1991 ocorreu em...Madrid. Buscando ser um negociador relevante no teatro diplomático, o reino espanhol vem puxando dos entrequivocados galões (entre tímidos e ousados salientares convivenciais perturbados por sempr'à'espreit'ismos - fundamentales inter nacionales na própria federação-reino de Espanha - e dos postulados d'aliança-de-civilizações' em diante, da postura mediterrânica ao contesto da UE no todo e na parte, das afrontas às cedências de princípios e quotas, das terrenas retiradas e presenças aos faustos democráticos) e oferecendo notícias deste tipo paternalista via patrocínio de denominada extensão negocial. Isto porque, por inerência proprietária (vulgo pós-colonial et al), os parceiros do costume UE-EUA-RUS-ONU se reservam ao direito de seguir fabricando a actualidade 'internacional', pondo e tirando testos, pondo águas e tirando petróleos das fervuras de suas próprias (im)posições. Como se podem compreender as palavras de Moratinos, quase sessenta anos depois da fabricação do estado de Israel? Espanha toma a iniciativa de apontar a 'hora árabe' ao próprio eixo euro-americano-russo (+ China via CS da ONU), ao 'Quarteto' visando adicionar ao folclore negocial 'vozes de estado' tão díspares como localizadamente insuportáveis e ridículas (Arábia Saudita, Egipto, Síria, Jordânia...).

Traduza-se, for real:


Enquanto no terreno prossegue o opróbio inegociável, na secretaria brinca-se aos requerimentos.



'March already' UPDATING: Madrid, inauguração da Casa Arabe




antarab

antarab
Qulumryya